2003-10-22

Estive em Visconde de Mauá e lembrei-me de vocês.
É muito melhor conversar com os hippies do que assistir aos monólogos ególatras dos urbanos descolados do terceiro mundo. Tipo os que freqüentam Espaço Unibanco ou curtem world music. Por um desses milagres espirais, estamos falando de Adorno novamente. Ótima hora para quem gosta de música refletir sobre o que ( e porque) está ouvindo. Nunca, na história do mundo, tanta porcaria foi gravada e reproduzida e regravada e reduzida. Vou ctrl-v uma frase dele.

http://www.doisteajunte.blogspot.com/2002_11_01_doisteajunte_archive.html

Com o poder dos mecanismos de distribuição de que dispõem o mau gosto e os bens culturais já ultrapassados e com a predisposição dos ouvintes determinada num processo social, a música radical caiu, durante o industrialismo tardio, num completo isolamento. Para os autores que querem viver, este é o pretexto moral e social para uma falsa paz. Forma-se assim um tipo de estilo musical que, por mais que proclame a pretensão irrenunciável do moderno e do sério, se assimila à cultura das massas em virtude de uma calculada imbecilidade.
T.W.Adorno